Entre 1906 e 1997, desenrolou-se a vida de Rómulo de Carvalho, poeta, professor e historiador da ciência portuguesa.com o pseudónimo de António Gedeão, A sua formação académica em Ciências Físico-Químicas ligou-o à divulgação de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando obras no campo da história das ciências e das instituições, como A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX. Publicou ainda outros estudos, como História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de Lisboa (1959), O Sentido Científico em Bocage (1965) e Relações entre Portugal e a Rússia no Século XVIII (1979).
Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo. A esta
viriam juntar-se outras obras, como Teatro do Mundo (1958), Máquina de Fogo
(1961), Poema para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e ainda Poemas
Póstumos (1983) e Novos Poemas Póstumos (1990). Na sua poesia, reunida também
em Poesias Completas (1964), as fontes de inspiração são heterogéneas e
equilibradas de modo original pelo homem que, com um rigor científico, nos
comunica o sofrimento alheio, ou a constatação da solidão humana, muitas vezes
com surpreendente ironia. Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados
para músicas de intervenção.
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