quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O centenário de Mário Cesariny

No dia em que se cumprem 100 anos do nascimento do autor surrealista (poeta e pntor), deixamos, aqui um apontamento da sua obra.

Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição

(…)


O Infinito Num Junco ...

 

Autores de inquestionável reputação classificaram este livro da autoria de Irene Vallejo como uma "obra-prima" ( Mário Vargas Llosa) ou "uma homenagem ao livro, de uma leitora apaixonada" ( Alberto Manguel) . É, de facto, uma obra rara pela capacidade de falar de livros e bibliotecas de uma forma tão envolvente, conhecedora e, ao mesmo tempo acessível ao leitor. A autora conseguiu tecer um manto com coloridas e inspiradoras linhas constituídas por mágicos exercícios de uma intertextualidade desafiadora que transporta o leitor da época clássica para a idade contemporânea, ora entertecendo referências literárias e cinematográficas, ora descrevendo episódios significativos da vida dos clássicos ou dos seus mitos, mas sem nunca se perder de vista o fio condutor da narrativa: os livros, a leitura e as bibliotecas na Antiguidade.