sábado, 30 de agosto de 2025

Circe - uma viagem pelo mundo dos mitos homéricos


A leitura de “Circe” representou um desafio que encarei com um  misto de curiosidade e ceticismo. Curiosidade em descobrir mais sobre a história desta figura mitológica, apresentada e representada com grande mestria, quer no campo literário, quer no domínio artístico, por uma aluna, no passado ano letivo. O ceticismo  prendia-se  sobretudo à complexidade da trama de relações que ligam as personagens desta obra: os deuses, heróis e outros seres mitológicos que ganham vida através das palavras da escritora. A leitura de “Circe” não defraudou as minhas expectativas ao nível da informação rigorosa e do encadeamento de factos e ações, direi mesmo que as ultrapassou, em matéria de análise de características e ações das personagens, conferindo-lhes uma consistência tal que ganham contornos de intemporalidade.

Sem se desviar do contexto histórico, a autora usa as suas personagens para analisar e promover a reflexão sobre questões essenciais como a qualidade da natureza humana e dos valores que nos movem.

A finitude da vida humana versus a imortalidade das divindades é outro tópico de análise que perpassa a narrativa de ”Circe”, ela própria uma materialização dessa dicotomia: humano / imortal.

Ler “Circe” significa também uma viagem ao mundo fantasioso da mitologia clássica com uma multiplicidade de figuras interligadas por uma ordem e um sentido únicos, que somos convidados a conhecer. (F. P.)

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