Mário de Carvalho é o autor que escolhemos para este mês de setembro, que marca o arranque de mais um ano letivo: novos encontros, renovadas esperanças, sobretudo para os mais jovens que iniciam, ou retomam, na escola, um percurso de aprendizagem e de descobertas.
Este romance de Paulina Chiziane
apresenta-se como um mosaico colorido e de formas diferenciadas, à semelhança dos
diferentes grupos étnicos de Moçambique.
Centrando-se no tema da poligamia, a autora vai revelando as nuances culturais da sua terra e fá-lo
com graça, coerência e sem preconceitos, incorporando cada uma das mulheres a que
dá voz.
A figura que se evidencia é a protagonista da história, a
esposa legítima do “polígamo”, Rami, que se lança no encalce das suas
adversárias: Saly, Mauá, Ju, Lu …, mulheres do norte e do sul, mais livres ou
mais submissas, que nos são reveladas com desassombro e curiosidade.
O desenrolar da trama
tem um propósito muito claro, mas que se vai desenhando de forma pouco linear,
com avanços e recuos, que constituem patamares de reflexão e questionamento sobre
o sentido da preservação dos costumes/tradição que representam uma clara
violação dos direitos humanos, no geral, e dos direitos da mulher, em particular.
O olhar da autora reflete a fusão entre a cultura do seu contexto
original e a vivência política e cultural a que esteve sujeita. (F.P.)
A leitura de “Circe” representou um desafio que encarei com
um misto de curiosidade e ceticismo.
Curiosidade em descobrir mais sobre a história desta figura mitológica,
apresentada e representada com grande mestria, quer no campo literário, quer no
domínio artístico, por uma aluna, no passado ano letivo. O ceticismo prendia-se
sobretudo à complexidade da trama de relações que ligam as personagens
desta obra: os deuses, heróis e outros seres mitológicos que ganham vida
através das palavras da escritora. A leitura de “Circe” não defraudou as minhas
expectativas ao nível da informação rigorosa e do encadeamento de factos e ações,
direi mesmo que as ultrapassou, em matéria de análise de características e ações
das personagens, conferindo-lhes uma consistência tal que ganham contornos de
intemporalidade.
Sem se desviar do contexto histórico, a autora usa as suas
personagens para analisar e promover a reflexão sobre questões essenciais como
a qualidade da natureza humana e dos valores que nos movem.
A finitude da vida humana versus
a imortalidade das divindades é outro tópico de análise que perpassa a
narrativa de ”Circe”, ela própria uma materialização dessa dicotomia: humano /
imortal.
Ler “Circe” significa também uma viagem ao mundo fantasioso da mitologia clássica com uma multiplicidade de figuras interligadas por uma ordem e um sentido únicos, que somos convidados a conhecer. (F. P.)
Centenas de adolescentes, sózinhos ou acompanhados com adultos, esperaram pacientemente numa longa fila para abter um autógrafo da autora dos livros do momento: Maidy Lacerda (pseud. de Yara), uma jovem brasileira de 28 anos que tem cativado esta faixa etária com a sua forma de comunicar, qual estrela de um firmamento onde só alguns conseguem brilhar.
O livro de D. H. Lawrence prendeu a atenção das alunas do 12º 6, Érica e Luana, depois de vencida a dificuldade inicial para "entrar " na narrativa. O retrato social da Inglaterra pós I Guerra Mundial, desafiada a ultrapassar o conservadorismo característico da monarquia, em nome dos valores emergentes, próprios de uma nova ordem social, que se impôs na década de 1920, constitui o pano de fundo do romance, onde se destacam as figuras femininas que se impõem pela sua força transgressora de regras e tabus fortemente enraizados.
No dia 23 de maio, os alunos das turmas 5 e 6 do 8º ano, orientados pela professora de português e com o apoio da biblioteca, realizaram um debate em formato de mesa redonda subordinado ao tema "A IA e os estereótipos..." , distribuindo entre si os papéis a desempenhar (moderadores; oradores:; secretários...) e investigando sobre o tema para prepararem argumentos sólidos, necessários para a construção de uma verdade. A sua prestação foi muito boa e a sessão decorreu com tranquilidade mas de forma bastante animada.
Os alunos das turmas 5 e 6 do 8º ano desenvolveram trabalhos no âmbito da iniciativa 7 Dias com os Media, cujo tema era: "IA, eu Penso". Refletiram sobre o efeito dos algoritmos na consolidação de estereotipos relacionados com as profissões, o sexo, a cultura, o racismo..., preparando os conteúdos de uma mesa redonda a realizar com a participação de ambas as turmas.
No dia 9 de maio recebemos o Professor Doutor Pedro Aires de Oliveira para uma palestra organizada pela Profª Natacha Coelho com as turmas 4 e 5 do 12º ano, cujo tema era a Guerra Colonial Portuguesa, remetendo para o contexto internacional, por um lado, e por outro, para o 25 de Abril de 1974: motivações, aspetos políticos, figuras de destaque...
Os alunos escutaram e participaram de forma interessada, colocando questões pertinentes.
Os alunos vencedores do Concurso de Leitura Expressiva em inglês, francês e português, receberam os seus prémios e certificados de participação, no dia 27 de março.
Emily, aluna da turma 6 do 12º ano, partilhou, com os colegas do 11º 5, a sua leitura favorita: um livro autobiográfico da autoria da jovem norte-coreana, Yeonmi Park
«Sinto-me grata por duas coisas: por ter nascido na Coreia do Norte e por ter fugido da Coreia do Norte.» ,palavras da autora, que nos conta a sua experiência de vida, quando enfrentou o regime repressivo norte coreano em nome de um Bem Maior, a sua Vida.
Natália Correia é a autora escolhida para este mês de março, mês da Mulher e da Poesia.
Há já alguns anos que a campanha de Miúdos a Votos apresenta como candidato este livro que é um clássico da Literatura Portuguesa .
A Beatriz (12º 6) e a Carolina (12º5) fizeram uma breve mas muito esclarecedora apresentação de "Os Maias" lançando as sementes para a curiosidade literária dos colegas e apelando ao voto no seu candidato.
"Verity", de Collen Hoover, foi o livro escolhido pela Beatriz S.do 10º 2 para apresentar como candidato na campanha de Miúdos a Votos. A aluna conseguiu convencer os colegas com a sua estatégia e os seus argumentos.
A Sophia, aluna da turma 10º 4 apresentou com muita energia e convição um conjunto de argumentos favoráveis á leitura e à votação no livro de Colin Hoover, "Isto Acaba Aqui".
O Francisco defendeu muito bem o seu candidato, o livro "O rapaz do pijama às riscas", apresentando argumentos de peso que parecem ter convencido os seus colegas.
O mesmo livro foi apresentado por dois alunos da turma 9º 11, o Pablo e o Desejado.
"Isto acaba aqui" é um livro de Coleen Hoover que figura como candidato no 3º ciclo e no secundário. A Joana, aluna do 9º ano, apresentou a obra e desafiou os colegas para votarem no seu candidato.
O Dia da Geografia Portuguesa foi assinalado com uma exposição de textos poéticos de diferentes autores e com vários temas.
"A culpa é das estrelas", um livro em campanha no 3º ciclo e no secundário, defendido pela Jenifer da turma 4 do 11º ano.
"O Diário de Anne Frank" é um livro que encanta as crianças e os adultos, pelo que não admira que se encontre nas listas de candidatos do 3º ciclo e do secundário.
A Alícia do 9º 8 apresentou as razões por que considera este livro uma obra tão especial.
A Matilde e a Nicole, alunas do 9º 8 , fizeram campanha pelo livro "Culpa Minha" de Mercedes Ron e conseguiram interessar os colegas na leitura do livro.
