A exposição que preparámos para celebrar este Dia, contou com um texto introdutório, da autoria da professora Lurdes Cardoso .
As línguas são organismos vivos, estão em constante mudança.
A importância histórico-cultural de um país numa determinada época levará a que palavras da língua usada nesse país sejam levadas, com mais ou menos alterações, para línguas de outros países.
Assim, podemos verificar que as palavras portuguesas que deram origem a vocábulos franceses e ingleses datam , na sua maior parte , da época dos Descobrimentos, em que encontramos e tivemos que nomear novas realidades. É o caso de palavras que designam frutos tropicais (banana, manga, coco) , animais ou realidades de outros continentes
( zebra, mandarim, pagode). A palavra fado designa uma composição musical específica portuguesa e por isso se mantém inalterável em francês e em inglês. Também o estilo artístico manuelino , mais uma vez associado aos Descobrimentos, inclui traços característicos portugueses introduzidos nos motivos arquitectónicos e decorativos associados de forma natural ou simbólica às navegações . Curioso é o uso francês e inglês da palavra portuguesa auto de fé, designando uma prática sinistra levada a cabo pela Inquisição.
A influência da língua francesa na portuguesa há muto que se faz notar. O conde D. Henrique, pai do nosso primeiro rei, era francês e depois disso, as relações entre Portugal e França foram-se desenvolvendo.
Atualmente, é muito maior a importância da língua inglesa, por influência da cultura britânica , e, principalmente , da norte-americana. Em muitas universidades, o inglês é usado como língua de estudo. Por isso, são numerosas as palavras de origem anglo-saxónica associadas a descobertas científicas e tecnológicas.
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