O ciclo de "Conversas à 4ª feira" foi retomado no dia 9 de janeiro com o tema ,"O Infinito", apresentado por um ex-aluno da ESBF, Rui Bastos. Entre a assistência encontravam-se alunos e professores que ouviram com interesse a sua comunicação sobre uma temática tão vasta quanto aliciante, de que deixamos aqui uma síntese elaborada pelo orador.
A lemniscata é o símbolo que representa uma das
coisas mais inconcebíveis que conhecemos, ou que achamos conhecer: o Infinito,
um conceito que nos é bastante alienígena, mas que ainda assim usamos
diariamente, seja nas Ciências, na Arte, na Literatura, ou quando repetimos a
fala de um pequeno astronauta de brinquedo.
Podemos então levantar a questão “O que é de facto
o Infinito?”, e procurar a resposta na Eternidade simbolizada pela serpente que
morde a própria cauda, na imensidão do Universo, no ponto de um quadro em que
as linhas paralelas se unem ou na reflexão mútua de espelhos paralelos.
Mas será que podemos encontrar essa resposta?
Vários foram os que antes de nós o tentaram, desde o grego Zenão com os seus
paradoxos em que Aquiles é incapaz de alcançar a tartaruga, aos infinitos
quartos do hotel de Hilbert, ocupados com infinitos hóspedes e onde ainda cabem
infinitos hóspedes. Estas ainda são algumas das melhores formas de explicar,
perceber e conceber o Infinito, mas a pergunta mantém-se nos dias de hoje. O
que é de facto o Infinito? Será que somos capazes de o perceber?
A verdadeira resposta a estas questões não é
Universal, e a única coisa que sabemos realmente é que depende de cada um. Da
mesma forma que existem infinitos com diferentes tamanhos, também cada pessoa
tem o seu próprio conceito de Infinito, que não pode estar exactamente certo,
mas que também não pode estar exactamente errado. (Rui Bastos)
Sem comentários:
Enviar um comentário