quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Completar poemas


Foi lançado o desafio à turma 5 do 7º ano de completar alguns poemas de autores consagrados. Depois de realizado este exercício foi feita a leitura de ambos os textos: os da autoria dos alunos e os poemas originais.
Deixamos aqui alguns dos melhores exemplos.


Sejam grandiosos como o sol.
Velozes como o vento.
Livres como as andorinhas.

Grandes as árvores dos bosques
que têm flores e frutos
sem fim.

Mas não queiram ajudar os maus
a transformar os espinhos
em rosas e cravos.

E principalmente não pensem na deflorestação.
Não sofram por causa dos espinhos
que são maus
quando se plantam na terra em flores.
Vivam, apenas.
A Morte é para os fracos!
                            David (nº 7) Andreia (nº2) Cristiana (nº 5)

Poema original 
Sejam bons como o sol.
Livres como o vento.
Naturais como as fontes.

Imitem as árvores dos caminhos
que dão flores e frutos
sem complicações.

Mas não queiram convencer os cardos
a transformar os espinhos
em rosas e canções.

E principalmente não pensem na Morte.
Não sofram por causa dos cadáveres
que são belos
quando se desenham na terra em flores.

Vivam, apenas.
A Morte é para os mortos!

                                                         José Gomes Ferreira, Comício
Levanto-me todos os dias,
De manhã
Um bonito sonho
Troco por um despertador
Madrugador.
Um coração de amor
Faminto e desprendido,
Que me alegra no caminho
Envergonhado
A lição três
Do era uma vez
Que é sempre o igual e sempre variado.

André (nº 1),Cristiano(nº 6), Euridson (nº 10)

Oiço todos os dias,
De manhãzinha,
Um bonito poema
Cantado por um melro
Madrugador.
Um poema de amor
Singelo e desprendido,
Que me deixa no ouvido
Envergonhado
A lição virginal
Do natural,
Que é sempre o mesmo, e sempre variado.

                                              Miguel Torga, Diário X



No teu rosto tens a beleza.
Luz amorosa de rosa em rosa,
transparente e opaca.

Melodia
triste mas segura;
música da terra,
cálida, e pura.

Mar imenso,
praia linda, azul e amarela
brisa agreste.
praia da minha vida!

João Vitor, Tiago Pereira, Fábio Pinto

No teu rosto começa a madrugada.
Luz abrindo, de rosa em rosa,
transparente e molhada.

Melodia
distante mas segura;
irrompendo da terra,
cálida, madura.

Mar imenso,
praia deserta, horizontal e calma.
Sabor agreste.
Rosto da minha alma! 

                                    Eugénio de Andrade, Poesia









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