“Mais não pude” – eis o epitáfio de Aquilino Ribeiro - o escritor considerado um verdadeiro “obreiro das letras”, uma força da natureza em matéria de inventividade literária - denotada através da plasticidade da escrita, capaz dar voz a personagens e recriar ambientes absolutamente distintos - e da acção política, comprometida com a defesa da liberdade e dos valores republicanos, o que lhe custou o exílio em diversos momentos da sua vida.
Salienta-se o papel de Aquilino Ribeiro na defesa da dignidade profissional dos autores portugueses, criando a Sociedade Portuguesa de Escritores, em 1956, o que lhe granjeou o respeito e a admiração de um significativo grupo de autores que propuseram o seu nome para o prémio Nobel. Nos antípodas desta manifestação situou-se a atitude dos representantes do Estado português, salazarista, autoritário e cerceador das liberdades, incapaz de conviver com as imagens menos positivas do seu funcionamento e que, por isso, não aceitaram a publicação do romance Quando os lobos uivam, instaurando um processo-crime contra o seu autor, o que desencadeou uma onda de protestos apoiados por cerca de 300 intelectuais portugueses e algumas figuras estrangeiras, como François Mauriac e Louis Aragon.
Salienta-se o papel de Aquilino Ribeiro na defesa da dignidade profissional dos autores portugueses, criando a Sociedade Portuguesa de Escritores, em 1956, o que lhe granjeou o respeito e a admiração de um significativo grupo de autores que propuseram o seu nome para o prémio Nobel. Nos antípodas desta manifestação situou-se a atitude dos representantes do Estado português, salazarista, autoritário e cerceador das liberdades, incapaz de conviver com as imagens menos positivas do seu funcionamento e que, por isso, não aceitaram a publicação do romance Quando os lobos uivam, instaurando um processo-crime contra o seu autor, o que desencadeou uma onda de protestos apoiados por cerca de 300 intelectuais portugueses e algumas figuras estrangeiras, como François Mauriac e Louis Aragon.
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