José Régio é o pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira.
Viveu a infância e a adolescência em Vila do Conde, onde fez os primeiros estudos. Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras, em Coimbra, em 1925, com a tese intitulada “As correntes e as individualidades na Moderna Poesia Portuguesa”, trabalho pioneiro na apologia dos poetas da Orpheu.
Cedo, iniciou a sua actividade literária em jornais e revistas, colaborando nas revistas portuenses Crisálida e A Nossa Revista e nas coimbrãs Bizâncio e Tríptico. Foi em Coimbra que consolidou as suas qualidades literárias assim como o convívio com os intelectuais que marcaram um dos períodos mais fecundos do séc. XX, tanto na criação literária como na crítica.
Em 1925, publicou o seu primeiro volume de poesia Poemas de Deus e do Diabo , usando, pela primeira vez, o pseudónimo José Régio.
Em Março de 1927, fundou com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca a revista Presença que durou treze anos e foi considerada o orgão divulgador do “segundo modernismo”.
Concluído o Curso da Escola Normal, iniciou a carreira docente no Porto e, em 1930, foi nomeado professor efectivo no liceu de Portalegre, cargo que exerceu até se reformar, em 1962.
Viveu entre Vila do Conde e Portalegre, até que em 1966, se instalou definitivamente em Vila do Conde.
Morreu a 22 de Dezembro de 1969, vítima de doença cardíaca.
Além da criação literária, manteve a colaboração em jornais e revistas como crítico e polemista. É de realçar o seu envolvimento político.
Como escritor, dedicou-se ao ensaio, à poesia, ao texto dramático e à prosa. Toda a sua obra reflecte problemas relativos ao conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade, analisando a problemática da solidão e das relações humanas, ao mesmo tempo que levava a cabo uma auto-análise.
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