sábado, 14 de novembro de 2009

Autores de Novembro

Neste mês de pleno Outono, privilegiámos as vivências e os vultos com ligação estreita à Ciência, em particular alguns nomes que se destacaram na descoberta e divulgação da radioactividade, enquadrando historicamente um projecto do Laboratório de Ciência ao Vivo da ESBF, que consiste na detecção e medição dos níveis de radiação ionizante, feita através de um aparelho específico, o contador Geiger.

A escolha do casal Curie surgiu pela ligação natural ao tema, enquanto o nome de Rómulo de Carvalho se impôs como um símbolo da ponte entre dois mundos - a Ciência e a Literatura - que estão mais intimamente ligados do que é costume entender-se.
Marie Curie (7-11-1867, Varsóvia / 4-7-1934, Sancellemoz)
Pierre Curie (15-5-1859, Paris / 19-4-1906, Paris)

Marie Curie fez os estudos superiores na Universidade da Sorbonne, em Paris. Estavam matriculadas 23 mulheres entre quase 1.800 homens. Muitos dos seus professores estavam na vanguarda da pesquisa científica da época: Emile Duclaux, professor de química biológica e fundador da microbiologia, Gabriel Lippmann, professor de física e inventor da fotografia a cores e Henri Poincaré, o mais brilhante matemático da passagem do séc. XIX para o séc. XX.
Henri Becquerel propôs-lhe para doutoramento o estudo das radiações emitidas pelos sais de urânio. No decurso dos estudos, Marie Curie e o seu marido, Pierre Curie, descobriram o fenómeno da radioactividade, a partir de novos elementos que emitiam espontaneamente radiações.

Em 1903 Becquerel, Marie e Pierre receberam, em conjunto, o Prémio Nobel da Física.

Após a morte do marido, Marie Curie tornou-se a primeira mulher a ensinar na Sorbonne. Fundou e dirigiu o Instituto de Rádio, em Paris. E, em 1911, foi-lhe atribuído a título pessoal o Prémio Nobel da Química, sendo o único cientista a receber este prémio por duas vezes.
Durante a 1ª Guerra Mundial, ajudou a equipar ambulâncias com raios X móvel e ensinou médicos a utilizar esta nova técnica. O rádio foi depois utilizado no tratamento do cancro. Marie Curie morreu de leucemia por causa da exposição às fortes radiações, que também tinham sido a causa da morte de Becquerel.

Depois da sua morte foi publicado o livro Radioactivité, em que trabalhou durante vários anos.

A sua filha mais velha, Irene Curie, recebeu em 1935 o Prémio Nobel da Química, pela obtenção de novos elementos radioactivos, juntamente com o seu marido, Frederic Joliot
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