Zélia Gattai dedicou grande parte da sua vida à partilha das causas em que se envolveu o seu companheiro, o escritor Jorge Amado, ao mesmo tempo que coleccionava memórias coloridas que um dia resolveu organizar e publicar sob a forma de livro: Anarquistas, graças a Deus é uma obra de grande riqueza e calor humanos, que facilmente nos transporta para uma realidade que é parte do património cultural e histórico do Brasil, transmitida com um estilo simples e sedutor, pela descrição envolvente e pormenorizada dos espaços e personagens.
No Prefácio que escreveu, em 1979, Jorge Amado afirma:
«Livros como este, em depoimento, uma memória reconstruída, são raros no Brasil (...) Livros importantes para a compreensão do crescimento do País e de sua originalidade cultural. (...)
A vida explode e se afirma em cada página de Anarquistas, graças a Deus. Quem o escreveu (...) é uma valente, doce, sensível e vivida brasileira(...) e que jamais deixou de ser a filha de imigrantes italianos, de trabalhadores, conservando em seu puro coração a flama daquele sonho que cruzou o oceano,a fibra das mulheres (...) e dos homens (...) que plantavam em terras do Brasil uma semente de esperança.(...)»
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