quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Eu dou-te a palavra - Escrita criativa


O poema de António Gedeão deu o mote à atividade dee escrita criativa desenvolvida pelos alunos da turma 4 do 10º ano:
                         Eu dou-te a palavra

                        Eu dou-te a palavra, e tu jogarás nela
                        E nela apostarás com determinação.

                        Seja a palavra “biltre”.

                        Talvez penses num cesto.
                        açafate de ráfia, prenhe de flores e frutos.
                        Talvez numa almofada num regaço
                        onde as mãos ágeis manobrando as linhas
                        as complicadas rendas vão tecendo.

                        Talvez num inseto de élitros metálicos
                        emergindo da terra empapada de chuva.

                        Talvez num jogo lúdico, numa esfera de vidro,
                        pequena, contra outra arremessada.

                        Talvez…

                        Mas não.
                        Biltre é um homem vil, infame e ordinário.
                        São assim as palavras.

           Propôs-se aos alunos um"jogo" com a seguinte forma: 
           Biltre não é renda de bilros nem berlinde.
            Biltre é vil.
       Pensar em palavras que parecem aquilo que não são ou, folheando o dicionário, descobrir duas                    palavras cujo significante (som da palavra) sugere outros significados que não o verdadeiro.

A generalidade dos alunos gostou bastante deste exercício e as propostas de palavras eram muito interessantes e tão extraordinárias que foi muito difícil descobrir o seu verdadeiro significado.


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