O poema de António Gedeão deu o mote à atividade dee escrita criativa desenvolvida pelos alunos da turma 4 do 10º ano:
Eu dou-te a palavra
Eu
dou-te a palavra, e tu jogarás nela
E
nela apostarás com determinação.
Seja
a palavra “biltre”.
Talvez
penses num cesto.
açafate
de ráfia, prenhe de flores e frutos.
Talvez
numa almofada num regaço
onde
as mãos ágeis manobrando as linhas
as
complicadas rendas vão tecendo.
Talvez
num inseto de élitros metálicos
emergindo
da terra empapada de chuva.
Talvez
num jogo lúdico, numa esfera de vidro,
pequena,
contra outra arremessada.
Talvez…
Mas
não.
Biltre
é um homem vil, infame e ordinário.
São
assim as palavras.
Propôs-se aos alunos um"jogo" com a seguinte forma:
Biltre não é renda de
bilros nem berlinde.
Biltre é vil.
Pensar em palavras que parecem aquilo que não são
ou, folheando o dicionário, descobrir duas palavras cujo significante (som da
palavra) sugere outros significados que não o verdadeiro.
A generalidade dos alunos gostou bastante deste exercício e as propostas de palavras eram muito interessantes e tão extraordinárias que foi muito difícil descobrir o seu verdadeiro significado.
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