Uma autora que liga gerações, promovendo o
encantamento pela leitura, através da sua capacidade de criar personagens que
ganham vida nas histórias e nos ambientes “desenhados”, onde não falta um toque
de mistério para prender os jovens leitores.
Se
fizessem de Enid Blyton uma personagem de fantasia ou um desenho animado, ela
seria uma mulher-máquina-de-escrever, com teclas em vez de dedos e uma cabeça
onde corria tinta.
A obra de
Enid Blyton tem sido alvo de muita polémica, apontando-se-lhe limitações de
vocabulário e de escolha de personagens e de cenários mas, enquanto os adultos
discutiam, as crianças liam. E liam e liam e liam, geração após geração, e só
isso explica que, quando em 2008 o
Prémio Literário Costa organizou uma votação para escolher o autor mais querido do Reino Unido, não tenha ganho Shakespeare ou
Jane Austen e nem sequer J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter. Os britânicos escolheram Enid Blyton.
Quando se pensava que a escritora passara de moda, depois da sua morte,
ela tornou-se um clássico, próprio
de um tempo, o período do pós-guerra, nos anos de 1950, quando se sabia distinguir
os heróis dos vilões e, numa Inglaterra mais homogénea do que hoje, não havia
dúvidas sobre o que era ser inglês, a que horas tomar o chá e como deve agir um
gentleman ou uma lady.
As coleções
de Os Cinco e Os Sete, a par de As Gémeas e Noddy, são os títulos mais conhecidos
da autora.
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