A proposta de trabalho para os alunos da turma 3 do 9º. ano consistiu em completar um texto, escrevendo no mínimo 150 palavras. A atividade foi desenvolvida em grupo.
A melhor proposta de "expansão" do texto destacado a negrito, foi elaborada pelo grupo da Mafalda Silva
Eu,
que sou a interessada, raramente abro a boca. Porque a verdade é que não sei
muito bem o que responder. Não se pode dizer que tenha grande vocação para o
trabalho, essa é que é essa. Quando eu era pequena, nunca tive aqueles sonhos
que todos os miúdos têm de quererem ser bombeiros, astronautas, sei lá que
mais.
O
meu único sonho, nestes anos todos, foi sempre acabar a escola o mais
rapidamente possível(…).
As
minhas colegas querem ser modelos, jornalistas de televisão, bailarinas do Big Show Sic, nadadoras salvadoras como
nas Marés Vivas, atrizes de
telenovela (…).
Quando
eu era mais miúda, sonhava com um navio branco a deitar nuvens de fumo lá nos
confins do mar, e embarcar nele para destinos de estranhos nomes, a Sildávia,
por exemplo, que eu conhecia dos livros do Tintim, ou o Egipto, onde haveria de
encontrar Radamés e apaixonar-me por ele atá à morte como a escrava Aída.
Depois
cresci e comecei a pensar… de maneira diferente e logo
percebi que não era nada daquilo que eu queria ou desejava. Percebi que estava
a ser muito infantil nos meus pensamentos.
Agora que sou mais velha,
desejava ser camionista, viajar pela Europa com o meu veículo.
No fundo sempre pensei porque é
que uma mulher não pode fazer trabalhos destinados aos homens.
Mais tarde, na adolescência,
pensei em ser modelo, apesar de quando era mais nova achar as minhas colegas
parvas em quererem ser isso.
Agora em adulta a minha carreira
de modelo acabou.
Ok, a mudança de idade faz-me
mudar muito de ideias, é verdade!
Agora decididamente quero ser
escritora, por isso é que escrevi este texto, para contar como é difícil
escolher uma profissão na adolescência e só em adulta é possível repousar e
escolher o nosso ofício.
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