terça-feira, 6 de novembro de 2012

Viajar na Champagne - Conversas à 4ª feira


Esta quarta-feira, as conversas transportaram-nos à região francesa de Champagne, famosa pela reputada bebida, conhecida mundialmente pelo mesmo nome. A professora Luísa Campos levou-nos numa viagem pela história e pela cultura desta região, através de fotografias e da sua experiência pessoal. Uma partilha a duas cores, a Champagne verde, cheia de vida e a Champagne vítima das duas grandes guerras. Uma convivência resultante da decisão dos seus habitantes que, deliberadamente, não querem que as feridas sejam encobertas pela reparação dos sucessivos estragos, mas permaneçam na memória de todos, como uma lição para todas as gerações. Filosofia partilhada por Rodin e Le Courboisier.

Arras (o seu cemitério), Mur des Fusilles, entre outros, são memoriais dedicados a todos os franceses que caíram em defesa do seu país. Chalons-en-Champagne, Reims exibem a preciosa bebida, da qual duas marcas se destacam, Moêt et Chandon e Mercier. Esta última foi levada, numa grande pipa, por dois corpos de juntas de bois para a Feira Mundial de Paris.

Curiosamente, as caves rochosas onde trabalhavam os empregados do senhor Mercier, foram por ele decoradas com estátuas para os seus trabalhadores beneficiarem de um ambiente mais acolhedor e harmonioso. Eles trabalhavam, diariamente, dezoito metros abaixo do solo!
Esta viagem chegou ao fim, com as manifestações de agrado do público presente, que incluía dois ex-alunos da escola. A vontade de visitar a Champagne ficou no ar e os alunos foram reagindo consoante a sua sensibilidade, quer ao aspeto mais verde e vivo, quer ao aspeto mais triste e devastador da região. A indiferença não teve aqui lugar.

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