O exercício da escrita é mais estimulado por sentimentos "negativos" ou há também espaço para uma escrita apelando sobretudo ao lado bom do ser humano?
A imagem de uma sociedade profundamente desigual tem acompanhado a autora desde os bancos da escola primária, quando se confrontou com os parceiros que se apresentavam de pés "sujos" e "descalços". Hoje, passado mais de meio-século, já foram ultrapassadas essas diferenças mas a dor de sermos humanos (animais imperfeitos) mantém-se e funciona, ainda, para Lídia Jorge como uma forte motivação para escrever, sublimando dessa forma a falha da humanidade.
A celebração dos 30 anos de escrita/romance publicada tem sido um ponto alto das manifestações culturais das terras algarvias de onde é originária a escritora e que o Câmara Clara deu honras de destaque.
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