Março é o mês da Mulher e como tal não podíamos deixar de escolher um elemento do sexo feminino como autor do mês: Graça Morais interpreta com mestria a fusão da escrita com a arte.Desejo através dos meus quadros ter consciência de quem sou questionar a minha existência afirmar a minha identidade construída através de sinais símbolos imagens, memórias de uma realidade que me liga ao universo. Graça Morais
A autora, em jeito autobiográfico...
As perdizes aparecem no Inverno, na altura da caça. Tenho uma relação afectiva com a perdiz, é uma ave muito bonita. Eu só consigo pintar a perdiz que os meus irmãos caçadores me oferecem, não consigo desenhar uma perdiz comprada numa loja. A prenda mais bonita que eu me lembro de ter tido quando era menina, tinha eu seis anos, foi o meu pai vir da caça, com o cinturão cheio de perdizes e oferecer-me uma. E aquela perdiz estava lindíssima e morta. Nunca mais a esqueci. Essa perdiz simboliza também uma certa vitimização das mulheres, mas sobretudo uma enorme beleza e os laços afectivos... E no final desta série, já sou eu, fundindo-me com a cabeça da perdiz. É um auto-retrato, que também é um diário. A minha pintura é muito simbólica, está cheia de metáforas.
As perdizes aparecem no Inverno, na altura da caça. Tenho uma relação afectiva com a perdiz, é uma ave muito bonita. Eu só consigo pintar a perdiz que os meus irmãos caçadores me oferecem, não consigo desenhar uma perdiz comprada numa loja. A prenda mais bonita que eu me lembro de ter tido quando era menina, tinha eu seis anos, foi o meu pai vir da caça, com o cinturão cheio de perdizes e oferecer-me uma. E aquela perdiz estava lindíssima e morta. Nunca mais a esqueci. Essa perdiz simboliza também uma certa vitimização das mulheres, mas sobretudo uma enorme beleza e os laços afectivos... E no final desta série, já sou eu, fundindo-me com a cabeça da perdiz. É um auto-retrato, que também é um diário. A minha pintura é muito simbólica, está cheia de metáforas.
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