segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A letra imposta - Clube de Poesia / Escrita Criativa

Hoje, foi a vez do 8º 1 mostrar o seu desempenho na construção de um texto com palavras iniciadas sempre pela mesma letra: os alunos escolheram "A", "R", "M" e "D", entre as opções que lhes foram apresentadas, a par de um exemplo, utilizando a letra "P" . Apesar da hora matinal em que tiveram de desenvolver a atividade, no âmbito da aula de Português, houve boa recetividade e empenhamento para levar a bom termo a tarefa proposta.

Dos exercícios realizados, destacamos o que foi redigido e lido pelas alunas Emily, Jade e Marisa:
"Amália amava arte.
 Apaixonou-se, abraçou-se ao amor abençoado.
 Aproximou-se ao altar abriu as asas ao amado. Aperfeiçoou-se a amizade antiga.
 Abandonou-a António, antigo amor ardente, ao admirar a amante ambiciosa.
Andou, Amália, amarrada à amargura, à ansiedade, à angústia."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dicionário à primeira vista - Clube de Poesia/Escrita Criativa

Os alunos da turma 4 do 7º ano desenvolveram na Biblioteca uma atividade de escrita criativa que consistia em procurar definição para um conjunto de objetos como se os olhassem pela primeira vez, dando largas à imaginação, muito embora sem perder de vista um sentido real do olhar sobre esses objetos.

Deixamos aqui o trabalho feito pelo grupo do Marcelo, nº 15; Maximino, nº 14 e Marco, nº 16.

- Televisão: caixa onde se aprisionam pessoas que fazem tudo como numa vida normal.
Óculos: lentes com armadura, fazem os olhos maiores e engraçado.
Espelho: um mundo que mostra clones nossos que imitam todos os nossos movimentos.
Caneta: pau com tinta que serve para fazer rabiscos.
Ovelha: animal com pêlo fofo e branco que faz um ruído estranho.
Calças: par de pernas que não anda sozinho e serve para proteger.
Maçã: fruto verde ou vermelho que se come e que está na tampa de alguns computadores.
Computador: livro digital com teclas e desenhos..
Mochila: saco que carrega objetos e se leva às costas.
Estádio: campo de relva com desenhos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ler e conversar com José Fanha na Biblioteca

"Bora emigrar para dentro em 2012. Para dentro do país, para dentro da poesia, para dentro da decência, muito para dentro desta querida Pátria que se chama Portugal.(…)
Bora trazer kilos de cultura para a rua e dar o braço uns aos outros, e dar uma ajuda a quem precisa e fazer ouvir a nossa voz de cristal.
Bora contar a história de um país feliz. Era uma vez, no País das Fadas, dos dragões, dos marinheiros, dos reis e das princesas... Deve haver algum país assim. (...)
Este foi o repto lançado pelo poeta, declamador e "fazedor" de artes cénicas, de nome José Fanha, que nos visitou, no dia 10 de Janeiro à tarde, para partilhar leituras e responder às perguntas preparadas pelo 8º 2. Os alunos desta turma, a que se juntaram alguns elementos do 11º4 e de uma turma PLNM, mostraram o seu interesse pela presença do escritor e "diseur", ouvindo atentamente as suas palavras e as leituras com que nos presenteou e correspondendo com textos poéticos da sua autoria, inspirados na obra de José Fanha (8º 2).
 
 
 
 No final da sessão houve tempo ainda para autografar os livros da sua autoria que podiam ser comprados na pequena Feira do Livro patente na BECRE, incluindo a obra Histórias com Direitos publicada pelo IAC, que integra um enternecedor poema do escritor que deu origem também a alguns desenhos feitos pelos alunos.
 

Teolinda Gersão - Autora do Mês de Janeiro

Teolinda Gersão é uma escritora de quem já demos conta noutras páginas deste blogue. Nasceu em Coimbra a 30 de Janeiro de 1940 e estudou Germanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tuebingen e Berlim.
Foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, docente na Faculdade de Letras de Lisboa e posteriormente professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada até 1995.
Aposentou-se em 1995, passando a dedicar-se exclusivamente à Literatura.
Os lugares por onde foi passando transformaram-se em lugares de ficção. Como, por exemplo, o Brasil em alguns textos de Os Guarda-Chuvas Cintilantes (1984) e Lourenço no romance A Árvore das Palavras (1997). Foi escritora residente na Universidade de Berkeley em Fevereiro e Março de 2004.
Estreia-se na Literatura, em 1968, com um conto Pequena Biografia, seguindo-se um interregno na atividade que é retomada na década de 1980 com o romance O Silêncio, a que se segue uma sequência de publicações num ritmo cada vez mais seguro e com intervalos menos espaçados. Destacam-se as obras mais recentes:
A mulher que prendeu a chuva, 2007 e A Cidade de Ulisses, 2011.
Teolinda Gersão recebeu também vários prémios sendo de salientar o Prémio Fernando Namora, atribuído em 1999 e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, em 2002

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Concurso Nacional de Leitura 2011/2012

No dia 9 de Janeiro, pelas 13.45h, realizou-se, na BECRE, mais uma prova da 1ª fase do CNL, que contou com 18 inscrições e 11 presenças. O entusiasmo que os alunos manifestaram aquando das incrições, antes da interrupção do Natal, foi-se refreando, o que justifica as faltas no dia da prova.
Os livros escolhidos pelos alunos do 3º ciclo foram:
- A Pomba de P. Suskind  e Os Lusíadas contados às crianças e lembrados ao Povo,adaptação de João de Barros.
Para o Secundário escolheram-se as seguintes obras:
- Os Novos Contos da Montanha, da autoria de Miguel Torga e Ilha Teresa de R. Zimmler.
Ficaram apurados para a 2ª fase (distrital) os seguintes alunos: Inês Silva, 8º2 (19 valores); Ana Mara Fonseca, 7º. 1 e Guilherme Fonseca, 8º. 2, ex-eaquo com 17 valores. As duas alunas do Secundário obtiveram classificação para passarem à fase distrital, a saber: Diana Pereira, 10º 6 (18 valores) e Sara Bento, 11º 2 (14 valores).
A entrega dos prémios contou também com a presença dos professores de Português das respetivas turmas e do diretor de turma do 7º1.




segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dom Casmurro - Uma obra-prima da Literatura brasileira

Machado de Assis é o mais signitificativo autor do Realismo brasileiro no campo da Literatura e esta obra é exemplar da mestria de análise e descrição de pessoas e ambientes. O escritor alia à vivacidade do olhar sobre a sociedade uma sensibilidade na abordagem dos sentimentos e do caráter das personagens que se cruzam neste romance. Dom Casmurro está escrito num estilo de narrativa pseudo-autobiográfica, utilizando a técnica do flash-back para envolver os leitores no desenrolar da história em torno de um tema que não é estranho à Literatura oitocentista: o amor apaixonado toldado pela suspeita do adultério e o questionar da paternidade que, de fortemente desejada, acaba sendo rejeitada pelo protagonista do romance.
A ironia e a utilização de recursos linguísticos apropriados enriquecem o sentido da narrativa com uma profundidade de análise que é intemporal, conferindo-lhe um delicioso travo a mistério que apetece prolongar.
"O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. (...) Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo e esta lacuna é tudo."(II, 15-16)
""A alma da gente,, como sabes, é uma casa assim disposta,não raro com janelas para todos os lados muita luz e ar puro. Também as há fechadas e escuras, sem janelas, ou com poucas e gradeadas, à semelhança de conventos e prisões. Outrossim capelas e bazares, simplres alpendres ou paços suntuosos. (LVI,134)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As leituras dos alunos

A Patrícia M. do 10º 6, escolheu um livro "baseado em factos reais" que se passaram durante a 2ª Guerra Mundial (Julho de 1944) e selecionou algumas citações:
" A melhor maneira de se afastarem da conspiração seria agir imediatamente contra ela".

As leituras dos alunos

A Diana Filipa P. do 10º 6, leu o livro da autoria de Susana Fortes, denominado "O Amante Albanês", que é "... uma história cheia de mistérios, passada na Albânia, sob a ditadura de Enver Hoscha.
Dois irmãos completamente opostos, filhos de Zanum Radjik, um herói nacional, perdem a mãe em circunstâncias desconhecidas. Tão desconhecidas quanto o seu nome, não referido em todo o livro. (...)"

As leituras dos alunos

Comentário da Márcia J. do 10º 6:
" É incrível a força que uma mulher pode ter para seguir em frente quando tudoo que acontece não é um incentivo. Nem toda a gente tem oportunidade de ter um  amor verdadeiro. Mas quando tem, é inesquecível. É preciso andar para a frente, não podemos deixar de viver (...) este livro fala disto mesmo, da persistência e resistência.

As leituras dos alunos

Opinião de Marta P. do 10º 6 sobre o livro:

 " ... está bem estruturado e o facto de ser uma história interessante cativa mais pessoas para o lerem. O [livro] retrata acontecimentos não muito comuns entre nós e isso ajuda a tornar o livro mais fascinante. Para mim,tornou-se (...) muito fácil de ler porque queremos sempre saber o que vai acontecer."