"Se no seu projecto de rebentar com todas as convenções o Movimento Surrealista chegou a defender fazer arder os museus, o tempo acabou por colocar as obras maiores do surrealismo nas paredes dos museus: reféns de uma consagração que o Manifesto de Breton (1924) e os seus directos seguidores execrariam. Neste sentido, Dalí, o maldito, o proscrito do Movimento Surrealista, triunfou: foi, afinal, o seu desejo de integrar o elenco dos "clássicos" que acabou por vingar. Eis o ponto de vista de Aires Almeida, o investigador em Filosofia da Arte, que debate com Rui-Mário Gonçalves, o crítico e autor em arte portuguesa contemporânea, sobre o que foi o Movimento Surrealista, lá fora e cá dentro, e sobre por que razão o interesse por este movimento está outra vez ao rubro: de Norte a Sul do país, uma dezena de exposições e acontecimentos repescam os grandes do Surrealismo português: Cesariny, Cruzeiro Seixas, Mário Henrique Leiria, Fernando Lemos, Alexandre O'Neill, etc, etc. Será que é porque temos falta de "aprender a tabuada", como nos diz Rui-Mário Gonçalves? "
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O Surrealismo revisitado
"Se no seu projecto de rebentar com todas as convenções o Movimento Surrealista chegou a defender fazer arder os museus, o tempo acabou por colocar as obras maiores do surrealismo nas paredes dos museus: reféns de uma consagração que o Manifesto de Breton (1924) e os seus directos seguidores execrariam. Neste sentido, Dalí, o maldito, o proscrito do Movimento Surrealista, triunfou: foi, afinal, o seu desejo de integrar o elenco dos "clássicos" que acabou por vingar. Eis o ponto de vista de Aires Almeida, o investigador em Filosofia da Arte, que debate com Rui-Mário Gonçalves, o crítico e autor em arte portuguesa contemporânea, sobre o que foi o Movimento Surrealista, lá fora e cá dentro, e sobre por que razão o interesse por este movimento está outra vez ao rubro: de Norte a Sul do país, uma dezena de exposições e acontecimentos repescam os grandes do Surrealismo português: Cesariny, Cruzeiro Seixas, Mário Henrique Leiria, Fernando Lemos, Alexandre O'Neill, etc, etc. Será que é porque temos falta de "aprender a tabuada", como nos diz Rui-Mário Gonçalves? "
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Páginas de um Diário
Dia 14 de Maio de 2008
Ontem, quando estava na escola, recebi um telefonema dos meus pais, eles disseram-me que a minha cunhada tinha ido para a maternidade! Simplesmente senti-me muito ansiosa, eu só queria ir para lá, porque o meu sobrinho podia nascer a qualquer momento.
Quando cheguei á maternidade já nem vi a minha cunhada, apenas vi o meu irmão que estava também muito ansioso, acho que todos os que lá estavam não negavam a sua ansiedade. O meu irmão esteve sempre com a minha cunhada, sempre ao pé dela a dar-lhe apoio, e por vezes vinha-nos dar notícias. Eu só pensava:
-“Isto nunca mais acaba”; estava difícil de o meu sobrinho nascer, e ele ainda nos pregou uma grande partida, toda agente estava à espera que ele nascesse no dia 13 de Maio mas ele não achou boa ideia.
Eu cheguei à maternidade eram umas 14h00m, passei lá toda a noite, fiz uma bela directa, eu, os meus pais, os pais e o irmão da minha cunhada e claro o meu irmão e a mulher, sei que era ela que estava a ter as dores mas estávamos todos muito nervosos. Com muito custo a mãe dela conseguiu ir até ao quarto onde eles estavam e conseguimos ter algumas notícias.
Os meus pais ainda quiseram que eu fosse para casa mas eu nem pensava em dormir. Depois de toda aquela noite que parecia não ter fim, hoje às 7h00m o meu sobrinho resolveu nascer!!!
Acho que hoje foi um dos dias mais felizes da minha vida, vivi emoções que nunca antes tinha vivido!
Joana Constância, 8º. 5
Querido Diário:
Nunca pensei estar tão feliz no dia de regresso às aulas! Revi os meus amigos e conheci novos colegas…Fartei-me de rir e de me divertir com a minha turma, foi um dia cheio de carinho…
Estava cheia de saudades da minha turma e de outros grandes amigos. Os intervalos foram mais alegres e diferentes, pois parecia que não via estas pessoas à muitos anos.
Mas foi óptimo voltar a ver as minhas companheiras de volta, a Filipa e a Joana, a maluca da Mafalda, a certinha da Catarina e a histérica da outra Catarina, entre muitos outros meninos e meninas muito especiais, mais especificamente “a minha 2ªfamilia”.
Foi um dia muito bem passado, até as aulas passaram mais depressa ihih…
Da tua amiga muito contente
Querido diário:
Hoje, não sei porquê, acordei a pensar que deveria voltar a homenagear os meus amigos e relembrar-me que desde o dia em que os conheci, eles mudaram por completo a minha vida e estão cá sempre, mas sempre para o bem e para o mal, por isso a eles dedico-lhes exclusivamente esta página. Começo pela Joana, uma das minhas melhores amigas, minha confidente e já passámos muitas coisas juntas. Ela merecia um globo de ouro, por todas as partidas que a vida lhe pregou e por tê-las conseguido ultrapassar graças à sua força e coragem; depois a Catarina, também uma das minhas melhores amigas, com ela faço as maiores maluqueiras que se pode imaginar, principalmente quando vamos ao cinema e bebemos coca-cola, é aí que se torna um caso muito complicado, pois parece que saímos de lá bêbedas, adoro-a e será para sempre a minha pequenina; seguidamente, o Miguel, para este, também não existem palavras suficientes para o descrever, é muito leal e também meu confidente e principalmente, meu assistente pessoal porque sabe de tudo o que se passa na minha vida e dá-me sempre um empurrãozinho de alegria e força; a Rita, outra amiga espectacular e outra das melhores, também é minha confidente e sem dúvida, a melhor professora de Matemática do mundo, por vezes é dura comigo, mas é para ver se me abre os olhos e me aconselha; a Ana Filipa também sem dúvida é um doce de menina e é outra que merecia um prémio pelos seus problemas de vida, dá-me muitos conselhos e é um grande apoio para mim e sobretudo é a mais meiga e querida; a Cátia é a minha fofinha e é tão divertida que basta olharmos uma para a outra que nos matamos a rir e a festa maior é quando nos pomos a chamar as galinhas; a Vanessa tem uma energia contagiante e é a minha única fotocópia, pois também é loira e tem olhos verdes, adoro as suas piadas e a sua boa disposição; a Mafalda é a mais extrovertida e é uma espécie de protecção que encontrei na minha vida, derivado à sua altura, é um coração de manteiga e está sempre disposta a defender os outros; por fim a Renata, já fomos mais próximas, mas eu continuo a gostar dela como de princípio, é espectacular e sobretudo muito divertida e muito culta, será sempre uma das minhas maninhas. E desta maneira consegui agradecer-lhes tudo o que já fizeram por mim e a importância que têm na minha vida, obrigada a todos, adoro-vos do fundo do meu coração. E agora tenho de me despedir, pois está a ficar tarde. Adeus e até uma próxima escrita.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Sessão Literária apresentada por João Monteiro
- Ex-aluno da nossa escola, concluiu o 12º. Ano e recebeu o prémio de mérito pela brilhante classificação que obteve no ano lectivo anterior.
Estudante do Instituto Superior Técnico, no curso de Engenharia Aeroespacial, o João Monteiro é também um leitor multifacetado.
Lançámos-lhe o desafio de partilhar com alunos do 10º. ano alguns dos seus gostos e leituras, o que ele aceitou com agrado e empenho, preparando, ao detalhe, uma “sessão literária” de elevada qualidade, que decorreu na BE/CRE no dia 11 de Fevereiro pelas 11.45 h.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Á conversa com... Maria Teresa Maia Gonzalez
O encontro com a escritora Maria Teresa Maia Gonzalez decorreu num clima de tranquilidade e envolvimento emotivo, em que a autora nos prendeu com as suas palavras iniciais e a sua simpatia natural.
O público, constituído por alunos do 3º. Ciclo, alguns mais conhecedores da sua obra, outros, curiosos sobretudo por ver e ouvir uma escritora de tanto sucesso entre os adolescentes, que escreve, fala e reflecte sobre problemáticas que são ou poderão vir a ser as suas, e também professores, atentos, participantes, interessados nas palavras da autora e nas reacções dos alunos.
A Maria Teresa, como gosta que a chamem, aproveitou as respostas para provocar a reflexão dos jovens acerca da responsabilidade de cada um na construção dos seus projectos individuais de vida; deixando as pausas necessárias para escutarem o eco das palavras que ia dizendo, para se questionarem e questionarem as suas leituras e as suas aprendizagens.
A avaliação foi muito positiva e o registo que fizeram no final da sessão constitui um testemunho do interesse que teve para os alunos:
Gostei muito da escritora e da sua personalidade e maneira de encarar a vida. (8º. 5)
Eu gostei bastante desta actividade porque a escritora demonstrou os seus sentimentos, chamando-nos a atenção para sermos quem queremos.(8º. 5)
... quando voltar a ler um livro desta escritora, acho que vou ter mais interesse e vou-me lembrar das suas palavras. (8º. 5)
Gostei muito, principalmente da forma como encara a vida. Gostei da obra “A viagem de Bruno e vou ler “A Lua de Joana” (7º2)
Esta actividade foi muito boa para aprendermos mais coisas sobretudo da nossa vida. Gostei muito ! (8º. 5)
Eu gostei de falar de livros e de saber coisas. Foi divertido! (7º. 1)
Eu acho que a escritora e os professores são fantásticos.(7º. 1)
Também os professores gostaram das palavras e do envolvimento da comunicação da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez e mesmo alguns funcionários da escola assistiram com prazer a este encontro, que teve o mérito de lembrar que a leitura faz parte da normalidade das nossas vidas e trata de coisas que são, também elas, absolutamente normais, estando por vezes esquecidas ou “adormecidas”.