segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ler multiplica a vida por mil

Francisco José Viegas e Isabel Alçada conversam sobre o significado e o conteúdo da(s) leitura(s). Divergem quanto à impotância de haver um cânone para a leitura que as escolas proporcionam aos seus alunos mas convergem no que respeita à importância e ao prazer de ler:
"Ler multiplica a vida por mil" (Rosa Montero, entrevistada deste mesmo programa há dois anos atrás)
Ainda "fresquinho"o encontro registado em http://camaraclara.rtp.pt/

Weltliterature : leitura em exposição na Gulbenkian

«Weltliteratur - Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o Mundo!» é a designação dada a esta mostra, associando uma expressão de Goethe a um verso de Cesário Verde.
O professor universitário António M. Feijó é o comissário da mostra, que ficará durante três meses na galeria de exposições temporárias da Fundação Gulbenkian.
Ao longo de 11 salas concebidas pelos arquitectos Francisco e Manuel Aires Mateus pretende-se mostrar a literatura portuguesa do Mundo e os autores da geração de Fernando Pessoa.
A exposição «é sobre Fernando Pessoa e alguns contemporâneos, alguns previsíveis, como é o caso de Mário de Sá-Carneiro, Almada, etc... mas outros que o não são», indicou António M. Feijó numa entrevista publicada na revista mensal da Gulbenkian.
«Um deles é Teixeira de Pascoaes», continuou, indicando ainda os nomes de Camilo Pessanha, «que é de uma geração anterior», e de Vitorino Nemésio, «que aparece como expoente de toda a grande poesia pós-Pessoa».
Segundo o comissário, a exposição «tem presentes as obras de que se fala nos textos - pintura, escultura, fotografia, mas também tem manuscritos, vídeos».
Sobre a convivência entre os vários objectos, Feijó apontou, por exemplo, um poema de Jorge de Sena que «descreve um quadro anónimo que está no Museu de Arte Antiga».
«Podemos trazer essa peça, e fizemo-lo, e pôr o poema em presença», explicou.
Para o arquitecto Manuel Aires Mateus, esta «é uma exposição sobre o prazer da literatura, a descoberta do prazer da cultura».
«É um convite à ideia de ler», reforçou.
Lusa/SOL

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Autor do mês de Setembro


Romancista. Proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa, licenciou-se em Medicina, com especialização em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se, desde 1985, exclusivamente à escrita.

A experiência em Angola na Guerra Colonial como tenente e médico do exército português durante vinte e sete meses (de 1971 a 1973) marcou profundamente os seus três primeiros romances.
António Lobo Antunes começou por utilizar o material psíquico que tinha marcado toda uma geração: os enredos das crises conjugais, as contradições revolucionárias de uma burguesia empolgada ou agredida pelo 25 de Abril, os traumas profundos da guerra colonial e o regresso dos colonizadores à pátria primitiva. Isto permitiu-lhe obter um reconhecimento junto dos leitores, que, no entanto, não foi inicialmente acompanhado pela crítica. Mas, hoje, é um dos escritores portugueses mais divulgados no estrangeiro.
Disse numa entrevista à Visão, em Setembro de 96, que as principais influências nos seus livros foram o cinema norte-americano, o cinema italiano, os andamentos da música, e também alguns escritores que o encantaram na adolescência, como sejam: Céline, Hemingway
, Sartre, Camus, Malraux, Júlio Verne e Emilio Salgari; mais tarde foi a descoberta de Simenon e posteriormente dos russos com Tolstoi e Tchekov.

Alguns títulos da sua autoria:

Memória de Elefante (1979)
Os Cus de Judas (1979)
Fado Alexandrino (1983)
Auto dos Danados (1985)
As Naus (1988)
Tratado das Paixões da Alma (1990)
Crónicas (1995)
Manual dos Inquisidores (1996)
O Esplendor de Portugal (1997)
Livro de Crónicas (1998)
Exortação aos Crocodilos (1999)
Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000)
Que farei quando tudo arde? (2001)
Segundo Livro de Crónicas (2002)
Eu Hei-de Amar Uma Pedra (2004)
História do Hidroavião (reedição 2005)
Terceiro Livro de Crónicas (2006)
Ontem Não Te Vi Em Babilónia (2006)
O Meu Nome é Legião (2007)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Diálogo de matérias e de suportes





Alguns alunos do 12º. ano de "Artes" deixaram-nos o testemunho da sua passagem pela escola e do seu olhar sobre o espaço e os objectos já afastados do seu uso habitual mas ainda artisticamente utilizáveis, mostrando que a comunicação se estabelece de várias formas e com recurso a diferentes meios.