quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O escritor do mês de Fevereiro 2008

John Steinbeck (27/02/1902 a 20/12/1968)

"Acreditei sempre que um escritor é preciso lê-lo, não vê-lo."

Considerado um dos vultos da literatura norte-americana, Steinbeck estreou-se com uma obra biográfica, A Taça de Ouro (1929), já marcada pelo seu estilo alegórico. Publicou em seguida Pastagens do céu (1932) e A Um Deus Desconhecido (1939). Em 1935, o seu prestígio foi reconhecido com Boémios Errantes, que recebeu a medalha de ouro do Commonwealth Club de São Francisco como melhor livro californiano do ano.
O período entre 1936 e 1938 foi muito fecundo, surgindo então alguns dos melhores livros de J.Steinbeck:
Luta Incerta (1936), descreve uma greve de trabalhadores agrícolas na Califórnia; Ratos e Homens (1937), que seria transportado para o cinema e para o teatro, analisa as complexas relações entre dois trabalhadores migrantes.

As Vinhas da Ira (1939), a sua obra-prima, descreve a exploração a que são submetidos os trabalhadores itinerantes e sazonais, através da história da família Joad, que migra para a Califórnia, atraída pela ilusória fartura da região. Essa trágica odisseia recebeu o prémio Pulitzer e foi adaptada ao cinema pelo realizador John Ford, em 1940.
A obra de Steinbeck inclui ainda outros títulos:
Caravana de Destinos (1944), A Pérola
(1945/47), uma história, considerada uma parábola pelo autor, que tem como personagens principais Kino, um índio mexicano, sua esposa Juana, seu filho Coiotito, o povo do vilarejo, e ela... a pérola do mundo.(Livro seleccionado para o CONCURSO NACIONAL DE LEITURA)
O Destino viaja de Autocarro (1947), A Leste do Paraíso
(1952), que obteve grande sucesso também na versão cinematográfica de Elia Kazan, Doce Quinta-Feira (1954), O Inverno da nossa Desesperança (1961), Viagens com Charley(1962).
A América e os americanos ..., engloba trinta anos (1936-1966) da sua produção ensaística, pouco conhecida, num total de 65 textos, que abordam um vasto conjunto de assuntos: sócio-políticos, pinceladas reflexivas sobre a Depressão, detalhes de sua infância na Califórnia, diário de viagens, opiniões sobre a sua obra e, como promete o título, digressões sobre vários aspectos da América e dos cidadãos americanos.

John Steinbeck recebeu o
Prémio Nobel da Literatura em 1962.



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