terça-feira, 13 de maio de 2014
CNL - 2ª fase (distrital)
Este ano, apenas tivemos a presença dos três alunos do secundário na fase distrital do CNL: o Bernardo, O Guilherme e a Maria deslocaram-se ao Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes na Amadora para participar na 8ª edição, a nível distrital, do Concurso Nacional de Leitura.
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concurso de Leitura
terça-feira, 6 de maio de 2014
Vasco Graça Moura - Autor do mês de maio 2014
Vasco Graça Moura foi o autor escolhido para o mês de maio, assinalado na ESBF como o mês do coração - o órgão que regista o palpitar das vidas humanas e que por isso mesmo simboliza os afetos e desafetos que ligam os indivíduos.
O poeta ausentou-se do mundo mas deixou-nos uma valiosa herança, constituída por muitos e mui belos testemunhos do palpitar do seu coração, de que nos deram conta alguns amigos, para além do próprio VGM.
QUE PORQUE VASCO
Vai um abraço e a consoante
muda
e espero que me acuse a recepção
com p e pau e uma vogal mamuda
e até um til com barbas e brasão.
E se alguém perguntar canção
tu lhe dirás
que porque como ele contra o acordo
estás
até o ver no chão
que nem
um tordo.
E mais dirás canção
que porque Vasco e porque tem
a língua de Camões no coração.
e espero que me acuse a recepção
com p e pau e uma vogal mamuda
e até um til com barbas e brasão.
E se alguém perguntar canção
tu lhe dirás
que porque como ele contra o acordo
estás
até o ver no chão
que nem
um tordo.
E mais dirás canção
que porque Vasco e porque tem
a língua de Camões no coração.
Lisboa, Setembro, 2012
Manuel Alegre
A batalha que assumiu nos últimos tempos de vida centrava-se na defesa da língua portuguesa, contra as imposições do acordo ortográfico.
Lamento para a língua
portuguesa
não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia-a-dia te assassina. (…)
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