domingo, 29 de abril de 2012

Nuno Júdice - autor de abril


Nascido na Mexilhoeira Grande em 29 de abril de 1949, Nuno Júdice estudou Filologia Românica, estando desde então ligado ao mundo das letras, quer como autor, quer como professor.
Inaugurou a sua carreira literária em 1972 com o livro de poesia "A noção do poema" a que se seguiram várias outras obras e publicações de natureza diversa,que lhe valeram alguns prestigiosos prémios.
Destacamos um texto que consideramos particularmente interessante

Princípios

Podíamos saber um pouco mais

da morte. Mas não seria isso que nos faria

ter vontade de morrer mais

depressa.

Podíamos saber um pouco mais

da vida. Talvez não precisássemos de viver

tanto, quando só o que é preciso é saber

que temos de viver.

Podíamos saber um pouco mais

do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar

de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou

amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada

sabemos do amor.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O meu texto...


Deus fez os brancos e os pretos para, nas costas de uns e outros poder decifrar o Homem.

Todos sabemos que, ainda hoje, o racismo toma parte ativa na nossa sociedade. Mas não só na nossa. Por todo o mundo nos chegam notícias de mortes por intolerância ou fanatismo de todos os tipos.

Não falo apenas de racismo, falo também de religião, sexo, ideologias políticas e de um sem fim de questões, mas todas elas absurdas.

É, realmente, através das diferenças que se vê o tipo de pessoa que se é. até mesmo pelo modo como se tratam os animais.

Quanto mais evoluídos nos achamos, pior nos comportamos. Deixámos de respeitar o próximo. Lealdade, sinceridade, honestidade, não passam de palavras sem qualquer sentido.

Achamo-nos felizes, mas o único amor que conhecemos é o amor-próprio, ou egoísmo.

Matar, roubar, violar, são palavras que não nos custam ouvir, pois já estamos intimamente ligados a elas. Pô-las em prática também não nos custa.

Sabemos criticar os outros, fazendo com que se sintam mal, sabemos insultar, chamar os outros de incapazes e incompetentes, mas a verdade é que não sabemos fazer melhor. Não sabemos sequer pôr-nos no lugar dessa pessoa, e se acreditamos que o fazemos, dizemos que fazíamos mais e melhor.

Acreditamos que temos sempre razão. Destruímo-nos, destruímos os outros e destruímos o nosso planeta em nome da evolução. Uma falsa evolução que nos estupidifica.

Provocamos catástrofes, guerras, extinções de espécies exóticas, poluímos, criamos seres com inteligência artificial, enquanto maltratamos, ou até matamos, seres muito mais inteligentes do que nós, os animais.

Também a natureza é desprezada e mal compreendida.

Todos nós podemos melhorar com pequenos gestos. Não mandar lixo para o chão, ajudar quem precise.

Dizem que o mundo não pode ser mudado, mas eu não acredito.

Diana Filipa dos Santos Pereira, nº12, 10º6


terça-feira, 24 de abril de 2012

As minhas leituras III


“ O Jardim dos Segredos” de Kate Morton.
Informações da Autora: Kate Morton nasceu no sul da Austrália. Atualmente vive ainda na Austrália. Licenciou-se em Artes Dramáticas e mais recentemente em Literatura Inglesa. Kate vive com o marido e os seus dois filhos em Brisbane num palacete do século XIX repleto de mistérios. O Jardim dos Segredos é o seu segundo romance depois do sucesso internacional obtido com o Segredo da Casa de Riverton. Os seus livros estão publicados em 31 países.

Resumo: Esta história é sobre uma criança perdida. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial uma criança é encontrada só, num barco que se dirigia à Austrália. A mulher misteriosa que prometera tomar conta dela tinha desaparecido sem deixar rasto.

Citações:” Comecei a perceber que aquilo que temos como certo tem uma importância imensa. Sabem, a família, o parentesco, o passado… constituem o que somos.”

Comentário: Gostei deste livro pois conta a história de uma menina que por momentos perdeu a sua verdadeira família, mas que ganhou uma ainda melhor.

Ana Luísa Barros Nunes, nº2, 10º6

As minhas leituras II



“ A Bússola” de Tammy Kling e John Spencer Ellis (2009)

Título original “The Compass”, tem como personagem principal Jonathan Taylor, um homem que sofre um acidente de viação juntamente com a sua família: a sua mulher Lacy entra em coma e a sua filha Boo com apenas cinco anos, morre em seus braços. O irmão de Jonathan ao vê-lo em tal profunda depressão interna-o numa clínica de Tucson, mas ele foge e vai trabalhar nesse mesmo dia como se nada fosse. Mais tarde, alienado de tudo e de todos decide abandonar o emprego e parte para uma longa viagem onde vai conhecer muitas pessoas que vão ajudá-lo a seguir em frente, ensinando-lhe dez lições de vida que vão mudar a sua maneira de pensar. Mais tarde e depois de ter sido acolhido por uma família em Amersfoord, decide ligar ao irmão e descobre que Lacy tinha sobrevivido e recuperado do coma e que estava agora a trabalhar numa livraria em Orange County.

Jonathan decide regressar a casa, junta-se à sua mulher Lacy e descobre que ela tinha feito a mesma viagem, ambos decidem confrontar as suas emoções e por fim escutar, deixarem-se guiar pelas suas próprias Bússolas.

Patrícia Monsanto, nº25, 10º6

As minhas leituras I


“O Sopro do Mal” de Donato Carrisi ( 2010), Porto Editora

Sobre o Autor: Donato Carrisi nasceu em 1973 em Martina Franca, na Itália. Licenciado em Direito, especializou-se depois em Criminologia e Ciências do Comportamento. Desde 1999 que se dedica à carreira de argumentista de cinema e televisão. “Sopro do Mal” é o seu primeiro livro.

Resumo: Seis braços enterrados. Seis crianças desaparecidas. Um serial killer brilhante e monstruoso, que instiga os outros a matar por si.

O criminologista Goran Gavila e a sua equipa de investigação são chamados a intervir, procurando descobrir um assassino que constantemente parece pô-los à prova.

Mila Vasquez, investigadora especializada em encontrar pessoas desaparecidas, entra em cena e junta-se à caça do homicida.

Mas cada passo que dá é, na verdade, controlado por uma mente genial e implacável. Tudo se passa como num diabólico jogo da verdade, como se o Mal trouxesse consigo uma mensagem.

Citações:

“É difícil descobrir estes indivíduos. Por fora parecem completamente normais, homens comuns. Mas, escavando a superfície da normalidade, eis que aparece o seu “eu” interior. Aquilo que muitos deles chamam “a besta”. Gorka alimentou-a com os seus sonhos, com os seus desejos. Às vezes teve de fazer contas com ela. Talvez a tenha até combatido durante um determinado período da sua vida. Mas, no fim, chegou a um compromisso. Percebeu que só havia um modo de a calar: contentá-la. De outra forma, devorá-lo-ia por dentro.”

“Mas cedo o gesto tem de se repetir. Porque o efeito desaparece, a recordação já não chega e aparece um sentimento de insatisfação e de repugnância. As fantasias já não chegam e é necessário repetir o ritual. A necessidade deve ser saciada. Infinitamente.”

Comentário: Como cada livro que tenho, fiquei fascinado por este. O tema para mim é apelativo, uma coisa de que gosto, e só contribuiu para o meu gosto e ansiedade de o ler. Adoro temas de criminologia, casos de assassinos em série, seja séries de televisão, livros ou filmes. O livro é envolvente, e o autor sabe como dosear o suspense e fazer pausas antes de arrastar o leitor de novo para a ação. Quem for capaz de aguentar 460 páginas deste thriller potentíssimo, no final terão uma surpresa surpreendente.

Fábio Costa, nº14, 10º6

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Alice Vieira


Uma “operária da escrita” – esta expressão traduz o labor de uma escritora que já publicou mais de 70 títulos, a maioria no âmbito da literatura juvenil portuguesa, mas também com alguma produção de romances e um prémio na poesia.

Alice Vieira acaba de publicar uma biografia de outra autora de literatura juvenil de todos os tempos, Enid Blyton, revelando traços de personalidade únicos e interessantes desta escritora que marcou muitos pais dos jovens leitores de hoje. Estas e outras informações são reveladas a Paula Moura Pinheiro no programa Câmara Clara do dia 22 de abril 2012 .

domingo, 22 de abril de 2012

Arruada de Leitura


Comemorar a Leitura é sempre motivo de festa, de emoção mas também de "subversão", particularmente num tempo em que a Crise serve para justificar uma hierarquização de necessidades, questionável, que remete o alimento cultural para um plano "dispensável".
José Fanha transformou o "Manifesto Anti-Dantas" de Almada Negreiros, num texto igualmente corrosivo e irreverente, adequado ao contexto atual: o  "Manifesto Anti-Leitura",  proferido em voz alta e expressiva pelo ator Manuel Coelho, no dia 21 de abril de 2012, cerca das 16h, ao fundo da rua do Carmo:

«ABAIXO A LEITURA, PIM !
Andam para aí alguns elementos suspeitos que se escondem nas sombras das bibliotecas e chegam a ir às escolas para espalhar um vício terrível e abominável especialmente junto dos mais novo! Dos mais tenros! Dos mais ingénuos! Um vício que se chama   
LEITURA! (...)»

Os grupos musicais Paradiddle e Bombrando animaram a arruada de leitura que seguiu do Chiado até ao Rossio.

Concurso Nacional de Leitura - fase distrital


Os alunos do 3º. ciclo (Ana Mara, Inês e Guilherme) e do secundário (Diana e Sara) estiveram presentes, no dia 17 de abril, no MUDE, empenhados em dar o seu melhor para ficar entre os cinco primeiros na prova escrita, a que se seguia uma prova oral para escolher o/a representante do distrito de Lisboa para a última fase do CNL, a nível nacional. Infelizmente, não alcançaram esse objetivo. No entanto, consideraram a experiência interessante, aproveitando para conhecer um Museu diferente e relativamente novo.

domingo, 1 de abril de 2012

Concurso de Leitura Expressiva - PLNM

O Concurso de Leitura Expressiva foi, pela 3ª vez, o ponto alto da Semana da Leitura na ESBF. Uma ampla participação nas diferentes categorias e línguas participantes:Francês, Inglês, Português e PLNM (a novidade deste ano) tornou esta iniciativa num momento muito especial.A posterior entrega de prémios, conjuntamente com os vencedores das Olímpiadas da Ciência, constituiu uma agradável forma de despedida do funcionamento provisório da BECRE no monobloco 122.
A leitura do poema, dedicado à mãe, escrito em punjabi pelo aluno Jaskaran Singh, traduzido de inglês para português e ensaiado pela professora Eduarda Marques, foi um momento muito especial que valeu ao Jass um 1º prémio.
MAA
Sab dunia lut ho jawe...jad oh na rehndi...
Dunia cho dhupp khoo jawe… jad maa na rehndi...

Bachpann wich digde rulde... maa jhatt chuk lendi...
Oh maa hi c puttar keh... nere ho behndi...

Ohna hanjua nu kon sehlawe...jad maar dard di pendi...
Oh sarde bahut dhuppan wich...jihna sir shaa na rehndi...

Eh dunia sunni ho jawe...jad maa na rehndi...

Bade badkismat oh chehre... jihna nu kade maa na vehndi...
Oh marde ohna kakhaan wich...dunia kheh kheh pendi...

Sukke tha sanu bitha...gille aap hai behndi....
Sanu bhukhya nu rajj roti khwa… aap khokhra farr behndi…

Eh dunia sunni ho jawe ... jad maa na rehndi...

Putt di i marna pwe... kade piche nahio rehndi...
Oh ghar v sunne dunia te...jithe maa na rehndi...

khudai v os khuda di...is nal kde takkar na lendi...
Oh maa na hundi veereo...eh khudai v na rehndi...

OH KARLO KADAR MAA DI YAARO… EH HAMESHA NA REHNDI..
EH DUNIA SUNNI HO JAWE... JAD MAA NA REHNDI.. JAD MAA...
by Jass...

MÃE

O mundo desabou … quando te foste, mãe.
O sol extinguiu-se…quando te foste, mãe.

Quando, criança perdida…foste luz no meu caminho…
Deste-me coragem… deste-me força, deste-me carinho…

Quem se preocupa com o meu pranto…quando os problemas batem à porta?
Queimei as minhas asas … quando tu te foste embora, mãe.

Tenho o coração vazio… porque fiquei sem ti, mãe.
Perdi a alegria, … quando te foste embora, mãe.

Devorado pelo mundo …porque te foste embora, mãe.
Nunca pediste nada… mas deste o melhor de ti…

Cuidaste de mim ... esquecendo-te de ti…
O meu mundo está vazio… sem a tua presença, mãe…

Quanto sacrifício por nós, … tu, pilar da nossa casa…
Mas, oh mãe, …sem ti a casa já não é casa…

Deus também receia entrar em conflito contigo, mãe…
E, assim, eu penso que Deus poderá também não existir sem ti, mãe…

Tu, respeita a tua mãe… ela não irá estar sempre aqui…
Tu, cuida da tua mãe…tanto ou mais, como ela cuidou de ti..

“Jass” - Jaskaran Singh, tradução de Maria Eduarda Marques