Neste mês de Abril, a BE acolheu um ciclo de conferências subordinadas ao tema “As prisões do Estado Novo, a Resistência e o 25 de Abril”, uma iniciativa do Professor Jorge Martins, docente da ESBF, que trouxe à Escola um conjunto de convidados que partilharam as suas vivências e o seu conhecimento sobre o significado da privação de liberdade, estimulando nos alunos a curiosidade para aprofundar os assuntos que se relacionam com os condicionalismos da “Revolução dos Cravos”.
Tratando-se de testemunhos de natureza diferente, apresentados por pessoas distintas, quer quanto à situação socioprofissional, quer no que concerne à idade/experiência pessoal e política, sublinha-se um denominador comum nas suas apresentações: a defesa do valor da LIBERDADE, em nome da qual é preciso que não se apague algumas memórias, o que justifica esta e outras comemorações.
Diana Andringa, reputada jornalista, foi apresentada através da leitura do texto da sua autoria, publicado no blog “Caminhos da Memória”, onde a autora dá conta da sua prisão, em Caxias, no ano de 1963, durante 20 meses.Tratando-se de testemunhos de natureza diferente, apresentados por pessoas distintas, quer quanto à situação socioprofissional, quer no que concerne à idade/experiência pessoal e política, sublinha-se um denominador comum nas suas apresentações: a defesa do valor da LIBERDADE, em nome da qual é preciso que não se apague algumas memórias, o que justifica esta e outras comemorações.
A comunicação fácil e entusiasta prendeu os assistentes: alunos, professores e funcionárias. O texto que se segue é um excerto que integra o trabalho publicado no blog:
"Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya" (Jorge de Sena)
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
Artur Pinto que também integra a redacção do blogue e os grupos de trabalho da Associação – Movimento Cívico Não Apaguem a Memória! (NAM), dinamizou a 2ª. sessão, com o apoio da esposa, também ex-presa política e que interveio para esclarecer alguns pontos da comunicação do marido.
Na 3ª. sessão contámos com a presença da realizadora (e arquitecta) Fernanda Paraíso, que acompanhou o visionamento de um documentário da sua autoria : “ Há 70 anos, o Tarrafal: os últimos sobreviventes, estreado na RTP2, a 29 de Outubro de 2007. A pesquisa documental que realizou (…), incidiu particularmente sobre o período decorrido entre o 28 de Maio de 1926 e a primeira leva de presos políticos, em 1936.” http://caminhosdamemoria.wordpress.com/editorial/
Na 4ª sessão, que teve lugar no dia 27 de Abril, a poesia da resistência assumiu uma expressão muito especial, através da interpretação do actor Jorge Sequerra, que nos seduziu com a força das suas palavras, mostrando como a poesia pode ser envolvente e dinâmica .
Com o vídeo criado pelo Professor Jorge Martins, percorremos algumas das músicas mais significativas da Revolução de Abril.
Com o vídeo criado pelo Professor Jorge Martins, percorremos algumas das músicas mais significativas da Revolução de Abril.